10 de setembro de 2007

Amigos por uma estação...


Interrogações diante de uma amizade em agonia...

Amigos por uma estação.
É o que fomos.
Voce pediu minha amizade, veio, falou, escreveu, tornou a escrever.
Santo Deus, como você precisava de um amigo!
E, do jeito que eu sabia, amigos nos tornamos.
E assim, você falava de você e eu falava de você...
Falávamos também de Deus. E muito.
Mas alguma coisa aconteceu.
Você, um dia, simplesmente parou de escrever, não mostrou mais a alegria dos amigos, fechou-se num silêncio enigmático e nunca mais se comunicou.
E eu fiquei pensando comigo e com meus botões:
- Não sou mais útil? Errei em algum ponto da jornada?
Disse o que não devia? Agi de maneira pouco santa? Era apenas uma amizade para as agruras de um inverno?

Dentro de mim veio o desejo de cobrar sua amizade.
Meu coração, às vezes tolo, às vezes inteligente, disse que não.
E fiquei em compasso de espera.
Se você não tornar a procurar e não tornar a escrever, devo concluir que minhas cartas fizeram o que fizeram...
A vida me ensinou muitas coisas.
Uma delas é o tipo de amizade que tivemos:
- Você precisou de mim e eu disse sim.
Você não precisou mais e eu não insisti.
Se tornar a precisar, vai escutar que sim.

Quem vê Deus nos outros não pode ser mesquinho a ponto de ser amigo apenas de quem é amigo o ano inteiro.
Amizades sanzonais também são amizades.
E a sua foi isso: uma amizade de estação sem sol.
Você me quis por seu amigo na tristeza.
Na alegria seria amigo em potencial: em compasso de espera...

(Extraído na íntrega do livro "Amizade talvez seja isso..." - Pe. Zezinho)

É, bem que eu queria ter escrito isso antes...rs...
Livrinho que encontrei meio que por acaso, mas que tá fazendo um belo estrago na minha vida...

By Zezinha